domingo, 7 de junho de 2015

A HISTÓRIA DA HUMANIDADE COMEÇA EM UM JARDIM

A história da humanidade começa num jardim, o Jardim do Éden. Lá, nossos primeiros pais viveram na inocência, comendo gostosamente de todos os frutos das árvores, exceto o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, desfrutando de plena e íntima comunhão com Deus.
Naquele jardim não havia dor nem tristeza. Tudo era belo e encantador. O pecado, porém, entrou no mundo por meio de Adão. Ele desobedeceu a Deus e toda a raça humana caiu em pecado. Adão foi expulso do Jardim e viu a terra produzir espinhos, viu sua mulher dar à luz com dores e viu o trabalho até então deleitoso tornar-se penoso. O Jardim do Éden foi perdido e a raça humana mergulhou numa história de rebelião, tristeza e morte. O pecado de Adão o separou da natureza, de si mesmo, do próximo e de Deus.
O pecado trouxe transtornos na natureza, nos relacionamentos humanos bem como na relação com Deus. A partir da entrada do pecado no mundo, a história está marcada por lágrimas, doença, sofrimento e morte.
A história da humanidade terminará num outro jardim, o Jardim da Cidade Celeste.
O jardim perdido será restaurado. Lá não entrará nenhuma maldição. Lá o pecado não penetrará por suas portas. Lá as lágrimas serão enxugadas. Lá o sofrimento, a doença e a morte não entrarão. Nesse Jardim não haverá noite, pois o Cordeiro de Deus é a sua lâmpada.
Nesse jardim, o Rio da Vida vai fluir a partir do Trono de Deus. Nesse jardim, os que foram expulsos por causa do pecado, e agora, estão lavados pelo sangue do Cordeiro e vestidos de vestiduras brancas entoarão um novo cântico àquele que está assentado no trono. Nesse Jardim reconquistado teremos um novo corpo, cheio de glória, como o corpo da glória de Deus. Nesse jardim viveremos e reinaremos com Cristo pelos séculos eternos.
Nada, nem ninguém poderá nos separar uns dos outros, nem nos afastar da presença daquele que é eterno. Nesse jardim serviremos daquele que nos deu vida abundante e eterna. Nesse jardim serviremos gostosamente àquele que nos criou, nos remiu e nos glorificou. Nesse jardim as belezas mais esplêndidas da terra serão figuras opacas diante do seu exuberante esplendor.
A história da humanidade revela que entre esses dois jardins, o Jardim do Éden e o Jardim Restaurado há o jardim da agonia, o Jardim do Getsêmani. É pela desolação, pelo sofrimento e sacrifício vicário de Cristo, pela indescritível angústia no Getsêmani, que o “o rio da vida, límpido como cristal” corre nesse Jardim restaurado.

Uma Parábola Polêmica - O Mordomo Infiel >> A Parábola Mais Polêmica de Jesus nessa oportunidade estaremos meditando na Palavra de Deus no evangelho do Doutor Lucas 16.1-13:

"Disse Jesus aos discípulos: Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como esbanjador dos seus bens. Chamou-o e perguntou-lhe: que é isto que ouço dizer de ti? Dá conta da tua administração; pois já não pode mais ser meu administrador. Disse o administrador consigo: Que hei de fazer, já que o meu amo me tira a administração? Não tenho forças para cavar; de mendigar tenho vergonha. Eu sei o que hei de fazer para que, quando for despedido do meu emprego, me recebam em suas casas. 


Tendo chamado cada um dos devedores do seu amo, perguntou ao primeiro: Quanto deves ao meu amo? Respondeu ele: Cem cados de azeite. Disse então: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinqüenta. Depois perguntou a outro: E tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta. E o amo louvou o administrador iníquo, por haver procedido sabiamente; porque os filhos deste mundo são mais sábios para com a sua geração do que os filhos da luz. E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas das iniquidades, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculo eternos. Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é injusto no muito. Se, pois, não fostes fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras? E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer a um e amar a outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas"  

A expressão: “E dizia também aos seus discípulos”, dá-nos a entender que Jesus não proferiu esta grande lição somente aos apóstolos, mas, sim a outras pessoas as quais o cercavam. 

Quem eram elas? Ao que tudo indica, tratava-se dos publicanos, fariseus e escribas, estes últimos, líderes religiosos de sua época (Lc 15.1; 16.14). A parábola ora em estudo é de difícil compreensão. Há entre os comentaristas, diversas interpretações. 

I. A INFIDELIDADE É DESCOBERTA
1. O mordomo dissipou os bens do seu senhor (Lc 16.1b): A missão do mordomo é, naturalmente, fazer com que a riqueza do seu senhor se multiplique. O da parábola, no entanto, foi acusado perante o seu patrão de “dissipar os seus bens”, ou seja, de gastar fraudulentamente o que lhe fora confiado.

2. O mau procedimento foi descoberto (Lc 16. 2): Alguém constatou a prática desonesta do mau mordomo e a denunciou ao patrão, que o chamou a sua presença e disse: “Que é isso que ouço de ti?”

A Palavra de Deus diz que “... nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto, que não haja de saber-se” (Mt 10.26). 

II. CHAMADO A PRESTAR CONTAS
O senhor do mordomo ordenou-lhe que prestasse conta de sua mordomia. Neste ponto do estudo, devemos refletir sobre um acerto de contas, previsto na Palavra de Deus. Os ímpios, por permissão de Deus, têm recursos e poderes a seu dispor (Rm 13.1-4). Muitos, no entanto, dissipam os bens de Deus. 

Maior responsabilidade, porém, recai sobre quem lhe é confiado os dons espirituais, na Igreja, para repartir com os seus servos. A uns, serão dados galardões (Apo 22.12). A outros, porém, reprovação e condenação (1 Co 3.13,15). 

Todos os crentes serão chamados à prestação de conta (2 Co 5.10). Contudo, sobre os líderes, os mordomos ou despenseiros da Obra, recairá maior exigência: “E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou muito mais se lhe pedirá” (Lc 12.48b). 

III. O PERFIL DO MORDOMO INFIEL
1. Pessoa de confiança do patrão: Até ser descoberto o seu mau proceder, era uma espécie de capataz, de despenseiro ou administrador dos bens do seu senhor; provavelmente, era idoso ou, se jovem, não tinha condições de trabalhar “no pesado”, pois, ao saber que ia ser despedido, disse: “Cavar, não posso”. 

2. Tinha vergonha de mendigar: Ao pensar na dispensa do emprego, disse: “de mendigar, tenho vergonha”. Aqui, vemos uma faceta interessante do personagem. Ele sentia vergonha de pedir esmolas, mas não tinha o acanhamento de ser desonesto com os bens do seu senhor! Na verdade, era um hipócrita, como os fariseus (Mt 23.27,28)! 

3. Era inteligente(Lc 16.4): Após refletir sobre sua crítica situação, não se desesperou; raciocinou rápido e disse: “Eu sei o que hei de fazer...”. Tinha inteligência e prudência.

IV. A PRUDÊNCIA DO INFIEL
Este é o ponto central da parábola. Seu protagonista era um homem injusto, infiel, desonesto, mas, ao mesmo tempo inteligente e prudente. Alguém perguntará: “Por que o Senhor Jesus se valeu de um tipo tão negativo, para ensinar aos líderes religiosos, à multidão e aos seus discípulos?” Vejamos o que percebemos nos contrastes da lição, ainda que de maneira limitada. 

1. prudência em ação (Lc 16.5-7):O mordomo infiel não perdeu tempo. Entrou logo em: “Chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor? E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e, assentando-te já, escreve cinqüenta” (Lc 16.5,6).

Não pensemos que era um arranjo qualquer. O homem devia o equivalente a 3300 (três mil e trezentos) litros de azeite ao proprietário da terra. O mordomo, que controlava as contas, fez com que ele fraudasse a dívida, e registrasse apenas 50% da obrigação.

Depois, chamou outro devedor e disse: “E tu, quanto deves? E ele respondeu: cem alqueires de trigo?”. O mordomo afirmou: “Toma a tua obrigação, e escreve oitenta” (Lc 16.7). Com isso, o devedor pagaria apenas oitenta por cento do débito, correspondente a 36000 (trinta e seis mil) quilos de trigo.

Imaginemos o quanto aqueles devedores ficaram satisfeitos e agradecidos ao mordomo infiel, ao contemplarem sua dívida diminuída. 

Entretanto, a alegria dos devedores durou pouco. Da parábola, deduz-se que a esperteza do mordomo infiel não foi levada adiante, e nem os devedores tiveram seus débitos reduzidos. Tudo foi descoberto, veio à luz. Imaginemos, diante de Deus, no dia da prestação de contas, no Juízo Final! 

V. A PRUDÊNCIA LOUVADA
“E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente...” (Lc 16.8a). Aquele mordomo infiel, ao longo de seus anos de trabalho, soube fazer amigos. É uma lição para os servos de Deus. Foi tal a sua atitude, mesmo fraudulenta, que o seu senhor o louvou, “por haver procedido prudentemente”. A Bíblia também louva a prudência. 

Devemos crescer em prudência (Pv 1.5; 9.9); ter prudência é possuir conhecimento do Santo (Pv 9.10); é mais excelente adquirir prudência do que a prata (Pv 16.16); o sábio é chamado prudente (Pv 16.21); o prudente, segundo a vontade de Deus, não procede como o mordomo da parábola, mas vê o mal e foge (Pv 22.3). 

O mordomo infiel foi louvado mas perdeu a posição. É a honra que não vale a pena. Deus nos ajude, e não venhamos a ser elogiados, aplaudidos por alguém, a fim de não perdermos a nossa posição de mordomos do reino de Deus (Ap 2.4,5)! 

VI. A ANÁLISE DE JESUS
1.Os filhos do mundo são mais prudentes que os filhos da luz (Lc 16.8b): Tiramos algumas conclusões desta afirmação:

a) Os filhos do mundo ganham muito, em pouco tempo, para a sua própria perdição: A cada dia, vemos o quanto os incrédulos se esforçam para levar outros ao mal, aos vícios, às drogas, à prostituição. 

Se levarmos em conta os adeptos das falsas seitas, como eles trabalham! E nós? A Década da Colheita continua “marcando passo”, e indica que a Assembléia de Deus cresce apenas  5 a 6% ao ano,, na quase metade do tempo de lançamento o programa. O Senhor Jesus tem razão. Além de os obreiros serem poucos, ainda falta prudência em muitos, para que a obra cresça. 

b) Os filhos do mundo usam todos os meios para ganharem os outros: Nós, os servos de Deus, muitas vezes, não utilizamos os meios eficazes, a fim de ganharmos as almas para o Reino de Deus. Há tantos tipos, métodos e meios para a evangelização, e muitas igrejas ficam apenas nas quatro paredes do templo, à espera dos pecadores. Mas Jesus mandou que levássemos a mensagem a toda a criatura (Mc 16.15)).

Paulo disse: “Fiz-me tudo para com todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Co 9.22b). Evidentemente, o apóstolo se refere ao uso de meios lícitos na evangelização. 

2. A aparente aprovação de Jesus: Alguém perguntará: “Jesus aprovou a desonestidade?” No texto de Lc 16.9, Ele diz: “Granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos". 

3. Que estranho conselho! E a quem foi dado? Acreditamos que Cristo, naquele momento, olhava para os fariseus, os publicanos e os escribas (Lc 15.1,2; 1614), acostumados à utilização das riquezas injustas, resultante de negócios fraudulentos, da extorsão e do roubo. Lembremos o caso de Zaqueu, o qual, após conhecer Jesus, decidiu devolver quatro vezes mais o que roubara (Lc 19.8).

Dessa maneira, era possível fazer muitos amigos e, nas fases difíceis da vida, obter o apoio deles. A lição espiritual, a nosso ver, refere-se ao fato de a alguém, um dia, chegar à eternidade e encontrar com os antigos amigos da “riqueza da injustiça”. Jamais interpretaríamos que, através dos negócios escusos, conseguiremos amigos que nos recebam no Céu. Os “tabernáculos eternos” são os céus, para os salvos e o inferno, para os ímpios, os perdidos. 

VII. JESUS EXALTA A PRÁTICA DA JUSTIÇA
Após ressaltar a prudência do mordomo infiel (sem aprovar sua desonestidade), Jesus aconselha em outra direção:

1. Fiel no mínimo (Lc 16.10a): O Senhor asseverou que o ser fiel nas mínimas coisas pode merecer a confiança de muito mais. Na verdade, se alguém é honesto, deve sê-lo em tudo. Neste particular, não existe meio termo: Ou é ou não é.

2. Injusto no mínimo (Lc 16.10b): De igual modo, Jesus disse que o injusto no mínimo, o é também no muito. Os afamados ladrões começam com pequenos furtos; os grandes criminosos iniciam com pequenos delitos. Na igreja, os crentes infiéis começam pelas pequenas coisas. Um “pecadinho” aqui, outro ali e, por fim, o desvio total. 

3. Não se pode servir a dois senhores (Lc 16.13): Esta sentença de Jesus já se tornou proverbial em todo o mundo: “Não podeis servir a Deus e a Mamon”. O Senhor queria, certamente, dizer que não se pode ser fiel a Deus, e angariar riquezas injustas, ao mesmo tempo.

Vemos que Jesus exalta a prudência, condena a desonestidade e a infidelidade, o que pode ser comprovado em Lc 16.15, quando Ele afirma: “o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação”. 

Nosso Senhor nos ensina, com essas palavras, a sermos escrupulosos, fiéis em tudo, e nos previne a não pensarmos que o procedimento, em assuntos pecuniários, de conformidade com o mordomo infiel, seja coisa insignificante. Jesus quer que não nos esqueçamos de que o modo como o homem procede em relação ao "muito pouco", dará uma prova de sua índole e que a injustiça "no muito pouco" é grave sintoma do mau estado em que se encontra o coração.  


Sem dúvida, não nos dá a entender, nem por sombra, que a honradez em questões pecuniárias pode tornar justas as nossas almas ou purificá-las dos nossos pecados, porém, ensina-nos, clara e positivamente, que a má fé nas transações é sinal de que o coração não é reto aos olhos de Deus. 

O ensino que o Senhor nos dá há de merecer consideração muito séria nos tempos que correm. Parece que existem pessoas que se persuadem da possibilidade de divorciar a religião verdadeira da honradez comum, e que se alguém é ortodoxo na doutrina, pouco importa que na prática use a trapaça ou o engano. As palavras de nosso Mestre são, de fato, um protesto solene contra essa perniciosa idéia. Destarte, devemos velar para não cairmos em semelhante erro. Defendamos com energia as doutrinas gloriosas da salvação pela graça e da justificação pela fé, porém, longe de nós supor que a verdadeira religião autoriza, de alguma forma, o menosprezo da segunda tábua da Lei. Não nos esqueçamos, nem por momentos, de que a verdadeira fé se conhece por seus frutos. Estejamos certos de que quem não é honrado, não possui a graça divina. 

Por outro lado, o leitor deve entender que essa parábola não foi dirigida aos escribas e fariseus, mas aos discípulos. Estes ouviram a lição que Jesus dera aos hipócritas, ouviram falar de um homem que malbaratou seu dinheiro e também de outro que havia empregado a má fé. Em sua presença, tinha-se descrito com cores vivas o pecado da libertinagem; era coerente que se lhes oferecesse agora um quadro de uma falta menos chocante - a da fraude e engano. 

Finalmente, podemos dizer ao leitor que três são, a nosso ver, as lições contidas nesta parábola:
• E prudente estarmos preparados para o futuro. 
• É importante fazer bom uso do dinheiro. 
• Temos de ser fiéis, mesmo nas coisas menores.

Os servos de Deus, nos dias em que vivemos, devem ser fiéis e prudentes, para não dissiparem os bens do Senhor. 

Cada um de nós deveríamos estar tão determinados a assegurar o nosso futuro no Céu como esse administrador esteve em assegurar o seu futuro na Terra.

sábado, 6 de junho de 2015

ÉTICA E MORDOMIA CRISTÃ

MORDOMIA CRISTÃ
Texto: Mt. 25.14-33; Lc. 19:12-27
Introdução: O significado da palavra (mor+domus) é “Maior da casa”. Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois. E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha” (Lc. 19.12,13).
I) MORDOMO
1. O servo a quem o Senhor entregava tudo o que possuía para ser por ele administrado. (Gn. 24:2; Gn. 39:4, 41:39-41).
2. Deus é o Senhor de tudo. (Sl. 24:1; Dt. 10:14). Tudo o que temos e tudo o que somos pertence a Deus. (1 Co. 6:19; Rm. 14:7,8).
3. Nós somos apenas administradores. A Parábola dos Tesouros e a parábola das minas nos ensinam que teremos de prestar contas de nossa vida (Mt. 25; Lc. 19). Nada trouxemos e nada levaremos conosco (1 Tm. 6:7).
II) A MORDOMIA DO DÍZIMO
1. As igrejas evangélicas, em geral, têm apresentado o dízimo como o método básico ideal de contribuição, que todos os crentes adotar para guiá-los na mordomia dos seus bens materiais.
2. O Dízimo no Velho Testamento.
(1) Um gesto espontâneo de gratidão a Deus. Antes da Lei: Primeira passagem (Gn. 14:18-20).
(2) Um voto – O dízimo aparece também como voto de Jacó (Gn. 28:22).
(3) Um princípio legal – Com Moisés se torna legal (Dt. 14:22).
3. O Dízimo no Novo Testamento.
(1) Mencionado em três ocasiões apenas no NT. Mt. 23.23; Lc. 18:12; Hb. 7:1-10. Demais referências do NT dizem respeito não ao dízimo, mas à contribuição de maneira geral.
4. Jesus fez duas observações relevantes que se aplicam ao Dízimo:
(1) Ele ampliou e aprofundou os princípios do Velho Testamento.
(2) Na dispensação da graça, o crente não poderá ficar aquém do judeu na dispensação da Lei. (Mt. 5:21, 22, 27, 28, 33-37, 38,-41, 43, 44). Devemos fazer mais do que os fariseus. O Dízimo deve ser a contribuição mínima, de onde deverão partir todos os crentes para contribuições mais generosas, à medida que cresçam seus rendimentos econômicos. Contribuição pode ser provada não pelo que se dá, mas pelo que é retido pelos ofertantes. (Mc. 12:43-44).
(3) Ele condenou o legalismo.
(4) Jesus censurou duramente os fariseus porque davam o dízimo mas desprezavam virtudes importantes (Mt. 23:23 e Lc. 11:42). Dar o dízimo sem compromisso com a justiça, a misericórdia e a fé faz dele prática legalista, sem o menor valor diante de Deus.
5. Recomendações de Paulo (1 Co. 16:2; 2 Co. 9:7).
(1) As contribuições devem ser metódicas:”No primeiro dia da semana”;
(2) Devem ser pessoais: “cada um de vós”;
(3) Devem ser voluntárias: “propôs no seu coração”;
(4) Devem ser proporcionais: “conforme tiver prosperado”;
(5) Devem ser apresentadas com alegria: “não com tristeza”;
(6) Devem ser discretas: “não façam coletas quando eu chegar”.
6. A Benção de contribuir.
Muita ênfase tem sido dada às bênçãos materiais decorrentes da prática do dízimo. Mas as bênçãos mais preciosas advindas do Dízimo são de natureza espiritual. O verdadeiro mordomo é o que entrega sua vida a Deus. Mais do que o seu dinheiro Deus quer o seu coração. “Filho meu, dá-me o teu coração; e deleitem-se os teus olhos nos meus caminhos” (Pv. 23:26).

PORQUE AS TÁBUAS DA LEI FORAM ESCRITAS EM PEDRAS???


Os cinco benefícios para quem habita no esconderijo do altíssimo


A expressão "tábuas de pedras" em 2 Co 3:3 tipifica perfeitamente a frieza e inflexibilidade daquelas leis ritualísticas, ávidas para punir e trazer mais e mais condenação à humanidade. Que contraste com os princípios de Cristo, os quais foram gravados nas tábuas de carne do coração!



A lei escrita em tábuas de pedras é chamada por Paulo em 2 Coríntios 3:7 a 9 de "ministério da morte e da condenação".  O verso 7 desse texto diz que havia certa "glória" nesse ministério, a qual refletia na face de Moisés, pôr isso era passageiro. Descontente com o brilho que cessava, Moisés punha um véu sobre sua face antes que o brilho se extinguisse, para que ninguém pudesse contemplar  sua aparência derradeira.




Paulo continua a explicar no verso 13 desse texto que aqueles que estão debaixo dessa lei possuem como Moisés um véu, impedindo-os de discernir a realidade de que o Velho Testamento foi substituído pelo Novo Testamento.




A lei sacrificial do Velho Testamento estava apoiada basicamente na moralidade do indivíduo, mas permitiu a justiça com vinganças e castigos. A lei de Jesus no Novo Testamento é fundamentada na moldagem do caráter do indivíduo com ênfase para o perdão e a plena regeneração.                         





                       
Tábuas de pedra

"Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.



E é por Cristo que temos tal confiança em Deus: não que sejamos capazes por nós de pensar alguma coisa, como de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros dum Novo Testamento, não da letra, mas do Espírito, porque a letra mata e o Espírito vivifica.




E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do Espírito?




Porque se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. Porque se o que era transitório foi para glória, muito mais em glória é o que permanece.



E não somos como Moisés que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não atentassem para o fim daquilo que era transitório.

Mas os seus sentidos foram endurecidos, porque até hoje o mesmo véu está por se levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido.




E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. “Mas quando se converterem ao Senhor, então o véu será tirado” (2 Coríntios 3:3 a 16).




Apedrejamentos



As pedras estiveram presentes no Velho Concerto, não somente nas "tábuas de pedra", mas também nas punições por apedrejamentos (Lv 20:1 a 27; 24:13 - 23) e esses fatos confirmam que o Velho Testamento pode ser apropriadamente chamado de "ministério de pedras".




Em uma ocasião, uma mulher foi surpreendida em flagrante adultério e levada a Jesus pelos fariseus com o objetivo de o apanharem em alguma palavra. 

Como lemos em Jo 8:4, de acordo com a lei, a punição para adultério era o apedrejamento até a morte.




Em Jo 8:3 a 6 está escrito... Os doutores da lei e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Eles a colocaram à frente do grupo e disseram a Jesus, "Mestre, esta mulher foi apanhada no ato do adultério. Na lei, mandou-nos Moisés que tais mulheres fossem apedrejadas. Então, o que dizes?



Eles estavam usando essa pergunta como uma armadilha, a fim de terem um pretexto para acusarem Jesus. Se Jesus autorizasse o apedrejamento, estaria indo contra todos os princípios de seus ensinamentos. Por outro lado, se Ele não autorizasse esse tipo de punição, estaria contrariando a lei e deixando de cumpri-la.

Ele sabiamente propôs que aquele que estivesse sem pecado atirasse a primeira pedra. Como não havia ninguém apto para fazê-lo por causa da consciência do pecado, a mulher escapou da morte.



Jesus seria o único que estaria apto para apedrejar a mulher porque Ele não tinha pecado, mas  não o fez porque o seu objetivo era salvá-la e não destruí-la (Jo 8:11).



Vários tipos de delitos eram punidos no VT com o apedrejamento, desde o adultério e o homicídio até a idolatria e o trabalho em um Sábado. No livro de Deuteronômio capítulo 21 estão alguns casos de punição, que incluem até mesmo o apedrejamento de filhos rebeldes! (Dt. 21:18 a 21).



O mártir Estevão, que teve a fantástica revelação de que a lei do Velho Testamento foi trazida por anjos i comandados por Jeová (Atos 7:30, 35, 38 e  53; Gálatas 3:19), foi assassinado por apedrejamento como lemos em Atos 7:54 a 59.



Nessa ocasião, Paulo ainda era um severo fariseu, discípulo de Jeová e por isso consentiu com o apedrejamento de Estevão (Atos 8:1).                   

           





A pedra viva e a rocha sólida



Da mesma forma como as tábuas de pedra e as punições por apedrejamentos estão relacionadas com o Velho Concerto, a "rocha sólida" e a "pedra viva" estão relacionadas com o Novo Concerto de Cristo, pois Jesus disse que o homem sábio construiu sua casa na rocha (Mt 7:24).



A rocha que sustenta e tem fundamentos sólidos é Cristo  (1 Coríntios 10:4; 1 Pedro 2:4 to 8). Ele é também a preciosa pedra de esquina rejeitada pelos construtores, a qual se tornou a principal.


                       
Os judeus oram diante do "Muro das Lamentações", construído a partir de pedras antigas em Jerusalém, aguardando pelo Messias que "ainda haverá de vir".



Eles não reconhecem que a sua fé não está estabelecida na "rocha sólida" que é o Filho do Deus Pai.




Eles estão cegos para compreenderem que o Velho Testamento se tornou obsoleto (Hb 8.13) e sem utilidade (V.18).




Eles colocam seus pedidos escritos nas frestas existentes entre os blocos de pedra sobrepostos do Muro das Lamentações, na esperança de serem atendidos por um "deus" que na realidade, não pode lhes dar a verdadeira salvação.




Em Rm 8:31 e 32 lemos: "Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Porque? Porque não foi pela fé, mas como pelas obras da lei.




Tropeçaram na pedra de tropeço, como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo: e todo aquele que crer nela não será confundido".





Mt 16:27 - Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras



Em 2 Co 3, vemos uma comparação metafórica dos dois concertos, muitos antinoministas usam versos isolados desse todo capítulo, ignoram o ante-texto e todas as referências no V.T, neste tópico não importa a mim expressar minha opinião, mas sim disponibilizar o contexto que em si, prova irrefutavelmente a validade ABSOLUTA de TODA A LEI MORAL já descritas no Pentateuco, isto é: primeiros livros no Cânon sagrado do Velho Concerto.



Primeiro de tudo, antes de prosseguir lendo o artigo, é necessário que pegue sua bíblia e veja as comparações metafóricas do velho e novo concerto, esse é o básico prioritário para uma boa compreensão do tema!; vejamos as comparações em marrom: "Ministério da Morte" "Ministério do Espírito" / Ministério da Condenação" "Ministério da Justiça" / "Letra que Mata" "Espírito que Vivifica" / "Foi abolido" "Permanece" / "Em Glória" "Em Excelente Glória"



(2 Co 3:3 ) "Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração."




(Jr 31:31 - 33 - "Eis que vem dias, diz o Senhor, em que fareis um Concerto Novo com a casa de Israel e com a casa de Judá.


Não conforme o Concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para tirar da terra do Egito; porquanto eles invalidaram o Meu Concerto, apesar de Eu os haver desposado, diz o Senhor.


Mas este é o Concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: 'Porei a Minha Lei no seu interior, e a escreverei no seu coração: e Eu serei o seu Deus e eles serão Meu povo."




Perceba que Deus diz que colocaria (mesmo sob o novo concerto) sua lei no coração dos seus discípulos, assim como no V.T (Is  8.16), analise por exemplo, o seguinte texto:



(Ez 11.19 , 20 ) "E lhes darei um mesmo coração e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei de sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne. Para que andem nos Meus estatutos, e guardem os Meus juízos, e os executem; e eles serão o Meu povo, e Eu serei o seu Deus."



(Hb 8.10)  "Porque este é o concerto que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; porei as Minhas Leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e Eu serei por Deus, e eles Me serão por povo."




Veja que a lei de Deus, dentro do novo concerto penetraria no coração dos fiéis, e isso seria uma amostra de que "Pertencem a Deus."



 No velho testamento, no caso do sábado, também é igual, pois o sábado é um sinal que identifica que o Deus de Israel é o Deus do observador do sábado, é o Deus "Que o santifica." (Ez 20.12,20; Êx 31.16-18)



Veja que Paula refere-se ao conteúdo do decálogo da lei de pedra sendo transferido verdadeiramente ao coração do fiel, em nenhum momento trata-se de abolição da lei. A lei deve ser colocada sobre os corações dos crentes para podermos nos santificar, pois pecado é transgressão da lei, e não transgredindo a lei, afastamo-nos do pecado, e resultando em santificação diária




. O próprio Paulo afirma que a fé não anula a lei. (Rm 3.31) Não se pode estar referindo-se a uma suposta abolição dos mandamentos, pois se isso fosse real, poderíamos hoje matar, roubar, adulterar, ter outros deuses, dizer mentiras dos nossos vizinhos (fofoca) e até mesmo sentir inveja. Afinal, estaríamos livres, e poderíamos então até mesmo transgredir o sábado, mas não é isso que o texto ensina.





Os antinomianistas utilizam ainda de outro argumento para dizer que a lei foi abolida, a expressão de 2 Co 3:7 e 9: "Ministério da Morte, de Condenação."


Mas um ponto deve ser considerado, é a questão do pecador arrependido que é livre por outro pagando os seus pecados, e nesse processo uma coisa deve ser levada em conta: "Sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados" (Hb 9:22) Veja que a transgressão da lei resultava em morte, pois "o salário do pecado é a morte." e "A alma que pecar, esta morrerá" (Ez 18:20) e por isso a lei é considerada como objeto de condenação, letra de morte.




A função da lei é revelar o pecado, Tiago, por exemplo, compara a lei com um espelho, que revela seus defeitos (pecados), a lei diagnostica o problema, Cristo resolve.




Antigamente quando o pecador pecava, ele pegava um cordeiro sem mácula, sem defeito algum, e em simbolismo do futuro Salvador Jesus matava o cordeiro, e com o sangue do cordeiro era retirado o seu pecado.



 Lembrando que essas leis cerimoniais não apontavam o pecado, mas era método utilizado para obter perdão da Potestade Celeste.



Na Nova Aliança de Deus com seu povo, a lei que revela o pecado é a moral, portanto não pode ser abolida, se assim fosse, não pecaríamos mais mesmo fazendo coisas abomináveis.




Mas hoje, somos justificados pela fé em Cristo ao invés do cordeiro comum, Cristo é o nosso herói que tira os nossos pecados; "É o Cordeiro que tira o pecado do mundo" (Jo 1:29).




"Letra que Mata" é o mesmo que a conseqüência de morte ao pecador que não se arrependeu de seus pecados.


Hoje, a função da lei continua, Paulo diz que a lei não salva, condena, logo, esse papel continua em ativa, mas a lei continua "baseada na justiça de Cristo através da ação do Espírito Santo no coração do pecador, resulta em vida."




Lembrando que foi o Velho Concerto "Abolido," se hoje existe pecado, existe lei, isso é uma lógica simples e inegável. Agora possuímos um novo sistema para nos limpar do pecado, nesse sistema Cristo morreu por nós e salvou a humanidade, nos livrou do pecado, QUE BENÇÃO! Não precisamos mais matar cordeiros, logo, o V.T foi abolido.



Cristo nos salvou do pecado. (Mt 1:21) Mas CUIDADO, "Pecado é transgressão da Lei de Deus." (I Jo 3:4)




A Bíblia fala com muita freqüência de Corações Duros, Dureza de coração, Coração de pedra

.E olhando o mundo a nossa volta, cheio de maldade, corrupção, crimes, incredulidade, desamor, podemos pensar: “Acho que os bebês já nascem com o coração duro”.


A Expressão “Endurecimento de coração” aparece na Palavra de Deus de 2 formas básicas.


  1. Caracteriza os que não obedecem a Deus.

Mostra aqui, a dureza de coração do homem não regenerado por Cristo, chamado homem natural, que não compreende nem aceita as coisas de Deus.


  1. Desenvolve-se na vida dos crentes.

Aqui, por incrível que possa parecer, a dureza de coração é desenvolvida na vida do salvo por Cristo, daquele (a) que sofreu uma transformação espiritual, que um dia recebeu Jesus Cristo como Senhor de sua vida.

Nós veremos como se desenvolve a dureza de coração nesses dois grupos


Primeiro precisamos definir “Dureza de Coração”:


Pode ser considerada com a atitude de fechar a mente para as coisas de Deus, tornando-se insensível, incrédulo, desobediente e obstinado.





Rm 2.5 nos ajudará a definir biblicamente “Dureza de Coração”.

“Mas segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus”.


Em todas as versões da Bíblia, a palavra “Impenitente” aparece para descrever um coração: “Não arrependido; obstinado ao erro”.


“Conforme a Bíblia, a Dureza de Coração
Que Deus Mais Despreza Tem a Ver
com Ouvir e Rejeitar a Sua Palavra”


  1. A Dureza de Coração nos não salvos.

  O próprio texto de Romanos 2, direcionado a todos os homens como culpados pelo pecado, revela no verso 5 o “coração obstinado ao erro do homem ímpio”.

Esse texto mostra que a “Dureza de coração” atrai a ira de Deus, que se acumula contra a pessoa, até o dia do juízo.

O homem sem Jesus é no aspecto mais primário um Duro de coração, insensível para Deus, sujeito a ira futura de Deus, que guarda essa ira para o fim dos tempos.



( Ef 4.17-18)

No verso 17  Paulo referindo-se aos gentios mostra algumas características da “Dureza de coração” na vida do não crente:

  • Pensamentos pessoais vaidosos (17)


  • Mentes na escuridão (18) – “O diabo cegou o entendimento”.




  • Alheios à vida com Deus pela ignorância espiritual (18)

Aqui vemos características que bloqueiam a mente e o coração do homem incrédulo, tornando-o alguém de coração duro.

Mas isso, nós cristãos, estamos acostumados a pregar e a divulgar sem nenhum tipo de dúvida.


 É real que o não salvo tem coração de pedra. No entanto, o que diríamos que a dureza de coração também se aplica na vida do crente?

Se isso é algo que você ainda não aceita, ou não compreende então se prepare. Veja em que áreas o crente pode se tornar um duro de coração.



2. A Dureza de Coração nos crentes em Cristo

O que estou para dizer pode ser um choque para você, mas os corações mais duros deste mundo não estão entre os ímpios, mas no meio do povo de Deus!”“
 “Se você quer descobrir os corações mais duros de todos. Aqueles que o Senhor mais despreza, tem que procurar na casa de Deus. Os corações mais duros são sempre encontrados  no meio do Seu povo!”

A Bíblia faz muito mais referência ao povo de Deus como “Duros de Coração”.Por exemplo,Deus, através de Ezequiel chama seu povo de “Coração de Pedra” (Ez. 11.19)

Vamos analisar algumas situações onde essa Dureza se manifesta.


1.      A Dureza de Coração na vida do crente se revela pelo Desamor para com os mais pobres e necessitados (Dt. 15.7-11)


Deus estipula uma lei que obrigava todo hebreu a ajudar, socorrer e amparar os menos favorecidos da terra. Estava arraigada na cultura dos judeus esta prática. Em toda a Bíblia, Velho e Novo Testamento, era obedecida esta lei.

O último versículo sugerido desta passagem revela que sempre existirá o pobre na terra. E o que temos visto hoje no meio da igreja? Como o crente olha hoje a pobreza e a miséria ao seu redor e no mundo todo?


E os nossos irmãos? Muitos sofrendo precisando de socorro, amparo, remédio, emprego! 



Corremos o risco de sermos duros de coração quando não olharmos para os miseráveis desta terra, sem esboçar nenhum tipo de ajuda!


. A Dureza do Coração na vida do crente se revela na negligência ao culto comunitário (2 Cr 30. 8)

O texto fala do tempo de adoração ao Senhor, de todos comparecerem para cultuar ao Senhor. Celebrar a Páscoa todas as tribos! (v.1)

Muitos acham apenas comodismo o estilo de vida daquele crente que é relapso para com os cultos de sua igreja. O chamamos de sem compromisso, dedomingueiro, e de turista .

Deus tem outro nome para ele: Duro de Coração! Pois negocia a celebração comunitária por qualquer futebol, internet, “lazer”. Por qualquer “coisa” que o mundo sugere.

Corremos o risco de sermos duros de coração na Adoração!


.A Dureza do Coração na vida do crente se manifesta na sua rebeldia diante da Provação (2 Cr 36. 11-13)


O tempo é de cativeiro babilônico no período de Nabucodonozor. O rei Zedequias se rebela contra Deus por causa do cativeiro. 

O povo nesse tempo estava sendo provado, testado por Deus.No caso do povo aqui, o pecado os conduziu ao castigo em forma de prova. Nem sempre é o nosso pecado que nos conduz aos momentos difíceis da vida. Nem sempre as aflições são resultado de uma rebeldia a Deus. Jó que o diga!



O fato é que Deus decide nos provar e pronto! Deus é Deus e prova todo aquele que ama.Mas Zedequias não compreendeu isso, e na hora onde mais devia procurar Deus, decidiu fazer o contrário, rebelou-se, e virou as costas para o Senhor.

Zedequias revela um coração obstinado para Deus de 4 formas:

A.      Prática de vida pecaminosa (12) “Fazia o que era mau perante o Senhor”.



B.      Afrontou seu líder espiritual (12) “Não se humilhou perante o profeta Jeremias”


C.      Foi rebelde à disciplina de Deus (13) “Rebelou-se contra o rei Nabucodonozor...”




D.     Tornou-se inquebrantável diante de Deus (13) “...Não voltou ao Senhor”.



Muitos crentes hoje voltaram à antiga vida de pecado, retornaram ao mundo, em rebelião a Deus porque as coisas não saíram do jeito que queriam. São chamados de desviados da fé, mas no fundo são Duros de coração!  


4.      A Dureza do Coração na vida do crente se apresenta quando nãoacompanha a visão de Deus (Sl 95.8)


O episódio de Números 14 ficou marcado na história do povo de Israel.


E há várias outras citações sobre essa história na Bíblia (esse Salmo é uma delas). A confusão causada pelos espiões medrosos e teimosos que foram olhar a terra para tomá-la.

Apenas Calebe e Josué creram que poderiam, no poder de Deus, derrotar os moradores daquele lugar e tomarem aquele território.

Os espias (espiões) revelaram uma visão pequena e acomodada diante da grandeza e da glória do Deus que tinham. Expressou medo de investir e de tomar posse das grandiosas promessas do Deus Todo Poderoso.

A falta de visão de Deus revelou um coração duro. Não confiaram em Deus, tiveram medo dos inimigos, se acovardaram diante do muito que Deus estava pra fazer!


5.      A Dureza do Coração na vida da Igreja se mostra quando não se esforça por viver em unidade (Jr 3.17-18)




O povo de Deus é um povo Duro de Coração porque não quer viver em comunhão.

Crentes que fogem do contato e relacionamento com outros irmãos. São duros de coração!

Judá e Israel andariam juntos. Eram tribos do mesmo Deus, porém, tinham lideranças separadas, territórios separados etc. Até Davi foi assim. Mas Deus o usou a fim de unificar as tribos fazendo delas uma só.

É isso que Deus pretende fazer com sua igreja, cheia de crentes divididos, separados em grupos, inviabilizando o amor fraternal, a convivência saudável uns com os outros.

Sabe quantos mandamentos uns aos outros nós temos nas páginas do Novo Testamento? Mas de 50, que nós não os respeitamos nem obedecemos. Sabepor quê? Temos sido duros de corações, resistindo em viver em amor com nossos irmãos de fé.


.A Dureza do Coração na vida do crente é visível quando se apega ao Tradicionalismo (Mc 3.5)

Os fariseus religiosos estavam acostumados com rituais e regras religiosas impostas por homens.

Deixar de abençoar as pessoas por causa de práticas tradicionalistas.


6.      A Dureza do Coração na vida do crente acontece quando é desobediente à Palavra de Deus (Jr 16.12)

 A Advertência principal de Jeremias é que o povo se volte para Deus e deixe de andar em seus próprios caminhos.


Jr. 18.12 comprova isso.
Deus insiste dizendo em Hb 3.8 - 15


Corremos o risco de sermos corações duros no Discipulado!


Devemos tomar cuidado,por que:


FALSOS PROFETAS APOIAM CRENTES DE CORAÇÕES DUROS (Jr. 23.17)

 "O homem que, muitas vezes repreendido, endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio" (Pv 29.1).

A palavra hebraica para "repreendido" neste versículo refere-se a ensino corretivo.


E a palavra para "sem que haja remédio" aqui é "marpe", que significa "sem cura", "sem qualquer possibilidade de libertação".


Este versículo primeiro nos diz que a dureza de coração vem como resultado de rejeitar repetidas advertências...


...de pôr de lado todos os sussurros da verdade...


...E, depois, com o tempo, essa dureza fica impossível de curar.


Então, quais são as pessoas que mais freqüentemente ouvem essas advertências?...

...Supõe-se que sejam cristãos! Aqueles que se assentam na casa de Deus cada semana ouvindo sermões corretivos!

Jesus ensina que devemos ter corações PUROS, e não DUROS (Mt 5.8)


Que Deus nos abençoe e nos guarde de termos tais corações em nome de Jesus, amém!