domingo, 2 de novembro de 2014

AO FINDAR O LABOR DESTA VIDA

Ao Findar o Labor desta Vida…
Um velho hino cristão começa com esta frase… Ao findar o labor desta vida…
Esta vida é cheia de labor. Trabalho, lutas, planos, realizações, tribulações, vitórias, derrotas, ganhos, perdas… Desde que nascemos somos desafiados a aprender, a conviver, a sobreviver em um mundo no qual viveremos um tempo limitado.
A cada dia o labor parece mais intenso. As ambições e expectativas do homem há meio século atrás não se comparam com as de hoje. E com certeza as de hoje ficarão aquém das futuras. Antes, com certeza, a vida era mais simples em muitos aspectos, porque os nossos alvos, as nossas necessidades (ou pelo menos o que julgamos como tal) nessa vida eram mais simples. Hoje, estamos nos sofisticando cada vez mais. Temos que trabalhar mais para usufruir um pouco dos objetos de desejo da vida moderna.
E isto tem nos custado caro. Família, amigos, saúde, têm ficado de lado, enquanto corremos para sobreviver nesse caos. E Deus? Bem, alguns ainda crêem nEle, poucos os que O obedecem. A maioria prefere criar a sua própria versão de deus. O deus que mais se adéqua à sua realidade, às suas expectativas nessa vida, e, de preferência, um deus que não atrapalhe, que não lhes exija nada. Apenas lhes abençoe, guarde, enriqueça, cure, ouça as suas orações nos momentos de desespero ou aquelas feitas nas formalidades criadas para celebrar os “valores da cristandade”.
Não estou falando dos deuses de outras culturas, de alguma tribo africana incrustada na savana, ou de algum grupo aborígene australiano. Falo do deus que é crido no nosso meio, que é cantado e pregado a todo momento. Um deus que cada vez mais se identifica com a figura carismática do bom, mas bobo velhinho, o papai-noel.
Você vive como quer, do jeito que quiser, desde que não mate, roube (ops! Isso é relativo para os trambiqueiros e devedores de plantão…), estupre, ateie fogo na floresta Amazônica… No demais, você decide sua vida, coloca Jesus lá na manjedoura ou O deixa mortinho preso numa cruz (assim Ele também não lhe perturba), ou melhor, retira-lhe a condição de Deus, de Senhor e dá a Ele um prêmio de consolação: ‘Jesus, você foi eleito um bom exemplo de ética e um espírito iluminado’ (Ufa! desse estou livre…).
Para massagear um pouco seu ego e sua consciência, você vai a cultos, palestras, congressos, missas, mesas brancas, sessões, tardes de caridade, e por aí vai… Desde que seu deus não lhe governe, que não lhe imponha a obediência à Bíblia, nem a sujeição a Jesus, tudo em paz (uma paz que depende de você não ficar parado, sem muita atividade, mas dá para o gasto…).
Você segue o labor da sua vida… E aí vai…
No final, o seu deus é virtual mesmo, é criação sua, você diz a ele o que fazer com você: 1) perdoar todos os pecados cometidos, mesmo que você não tenha se arrependido de nenhum deles e se pudesse faria tudo de novo; 2) computar como crédito seu todo o tempo gasto com atividades religiosas, filantrópicas, ecológicas… Afinal de contas, o seu labor foi grande; 3) levá-lo para o céu. Ruas de ouro, rios de cristal, sem dor, sem contas, sem problemas… Já deu para perceber que o seu céu é tão criação sua quanto o seu deus. Não existe esse céu.
O céu que existe é um lugar para onde irão aqueles que já vivem aqui nessa terra o estilo de vida que viverão no céu. Isso inclui arrependimento, sujeição a Deus e a Sua Palavra, reconhecimento e submissão ao senhorio de Jesus Cristo. O céu, como disse o amado W. Nee, um autêntico cidadão de lá, “não é o nosso lugar de chegada, mas de partida”, dizendo com isso exatamente o que temos dito aqui: ao findar o labor desta vida, o céu é apenas a próxima e última parada daqueles que viveram aqui na terra como se já estivessem no céu.
Ao findar o labor desta vida…
Sim, ele vai findar, uma hora vai acabar para todo mundo. A morte é o fato mais certo para todos. Alguém já disse que para morrer, basta estar vivo. Não há meios de reter a vida nesse corpo quando ela se esvai de vez. Para alguns isso acontece na infância, para outros, na juventude (e, cada vez mais…), mas uma coisa é certa, se não foi quando jovem, na velhice ninguém escapa de morrer. Não há como escapar.
É nessa hora que cada um de nós verá a diferença que foi ter se reconhecido como pecador, ter se arrependido dos pecados, ter crido que só através de Jesus há perdão e reconciliação com Deus. É nessa hora que cada um de nós verá a diferença de ter vivido aqui na terra como cidadão do reino dos Céus. Esse reino tem um Rei: Jesus. Esse reino tem súditos: nós.
É nessa hora que veremos que diferença fez se apegar àqueles prazeres, àquela realização, àquela pessoa, àquele sonho, àquela vida religiosa vazia, ao invés de ter tomado a tempo a sensata decisão de entrega total do governo da vida a Jesus. Só que nessa hora… Não há mais o que fazer. Cessou o labor. Cessou a vida. Fechou-se a porta da graça de Deus.
“Ao findar o labor desta vida,
Quando a morte ao teu lado chegar.
Que destino há de ter a tua alma?
Qual será no futuro o teu lar?
Meu amigo, hoje tu tens a escolha:
Vida ou morte, qual vais aceitar?
Amanhã pode ser muito tarde.
Hoje Cristo te quer libertar.
Tu procuras a paz neste mundo,
Em prazeres que passam em vão.
Mas, na última hora da vida
Eles já não te satisfarão.
Por acaso, tu riste, ó amigo,
Quando ouviste falar em Jesus?
Mas é só ele o único meio
De salvar pela morte na cruz.
Se decides deixar teus pecados
E entregar tua vida a Jesus,
Trilharás, sim, na última hora,
Um caminho brilhante de luz.

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