domingo, 4 de outubro de 2015

Quando a carnalidade prega

Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade;
Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões.
Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho.
Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.
(Filipenses 1:15-18)

Paulo se encontrava preso em Roma quando escreveu esta carta a igreja de Filipos. Entre os seus muitos sofrimentos devido ao evangelho, foi lhe acrescentado mais um, ter que suportar os ataques de pessoas que procuravam desprestigiar a obra do veterano apóstolo. Sempre há este tipo de pessoa entre os que estão na casa de Deus. Eles possivelmente viam na prisão de Paulo um castigo vindo do Senhor sobre sua vida, e aproveitavam as suas pregações para mostrar como ele estava equivocado.

O texto não nos oferece detalhes, mas sabemos que isso afligia muito o apóstolo. Apesar desse sofrimento, Paulo não conseguia esconde sua alegria em meio a essas circunstâncias, porque, embora fizessem por motivações erradas o Evangelho de Cristo levava vantagens com esses ministérios adulterados. Querendo provocar dano ao apóstolo, a palavra de Cristo estava sendo anunciada e o Reino continuava avançando.

O nosso texto de hoje revela como a compreensão das coisas espirituais que Paulo tinha era profunda. Isto nos mostra um importante principio de relacionamento com o ministério. O Senhor em sua soberania usa as situações mais adversas para prosseguir com seus projetos. O mais evidente é Ele sempre chamar homens e mulheres que são uma mistura de espiritualidade e carnalidade ao serviço Dele.

Moisés era um homem violento, cuja ira levou a matar um egípcio. Raabe foi peça chave na conquista de Jericó mas, se dedicava a prostituição. Davi um dos mais ilustres homens na história de Israel cometeu adultério e para esconder o seu pecado provocou a morte do marido da mulher com quem pecou. Pedro, chamado a ser apóstolo, negou Jesus três vezes. Paulo, o homem que proclamava a incomparável gradeza do amor de Deus, descartou João Marcos porque este falhou.

Vemos assim, que mesmo no caso das pessoas mais consagradas, houve grave manifestação de carnalidade. Deus de qualquer forma usou estas pessoas e os Seus planos não se frustraram. Isto nos faz afirmar que realmente não importa o estado daquele que serve, porque Deus de igual modo irá tirar proveito do seu ministério. E, num certo sentido isso é verdade!

Qual é então o valor de uma vida de consagração e de santidade. O valor esta no grau de nossa entrega que permitirá que se multiplique a efetividade da obra de Deus. Os resultados serão iguais, mas quando os trabalhos do reino são realizados por obreiros santos, o efeito do ministério cresce de forma extraordinária. A santidade do obreiro, sim, importa muito!

De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.
2 Timóteo 2:21

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