quarta-feira, 30 de julho de 2014

RESPONSABILIDADE SOCIAL ou AMOR CRISTÃO?

…e Deus amou o mundo de tal maneira que deu…” João 3:16
Deus deu o Seu único Filho. Ele deu o que há de melhor no céu. E você, o que tem dado? Você já se deu a si mesmo? Deu os seus filhos? Tem dado as suas orações? Tem dado o seu dinheiro? Tem dado qualquer coisa? O que você tem feito em favor daqueles que se encontram nas trevas? Os mártires deram tudo quanto tinham; deram suas próprias vidas. Eles padeceram em uma arena romana onde 350.000 cristãos foram lançados às feras ou foram crucificados. Muitos deles foram transformados em tochas vivas por causa de sua fé em Cristo. No meio das chamas eles clamavam: “Cristo é o Vitorioso!” Deram tudo quanto possuíam. E você, o que tem dado? Ao longo da história, fazer filantropia, ter comiseração, dar esmola, fazer caridade para com os desvalidos era o que havia de mais nobre entre os nobres da sociedade. Nós, cristãos, por formação, e com base na Palavra de Deus, entendemos como caridade o “amor que move a vontade em busca efetiva do bem de outrem e procura se identificar com o amor de Deus”. No Brasil vicejavam – apoiadas em legislação arcaica e proselitista – organizações mantidas e, muitas vezes, manipuladas pelo capital visando tratar daquilo que o Estado mastodôntico não resolvia ou não queria resolver. Flagradas imersas num meio asqueroso de corrupção e falcatruas, instituições de todas as origens que diziam atuar no amparo aos mais necessitados, viram-se nuas diante da sociedade e tiveram seus alvarás cassados ou suspensos até que possam provar aquilo que dificilmente conseguirão: serem instituições integralmente voltadas ao bem-estar social e com uma contabilidade livre de jeitinhos, arranjos e marteladas. Essas iniciativas passam a ser consideradas ações de responsabilidade social, mas nem todas podem assim ser chamadas, pois muitas delas não vão além do que iam as ações meramente filantrópicas, e algumas não passam de contribuição dada unicamente em troca do ganho institucional. Nada contra esse ou aquele tipo de procedimento, pois acredito que cada um deve saber o que fazer com o seu dinheiro. O que não concordo é com a tentativa de algumas figuras ilustres, que gozam de trânsito livre com a grande mídia, de por no mesmo balaio oportunidade de mercado, filantropia e responsabilidade social. O empresário socialmente responsável é tão amoroso quanto o filantropo. E tem tão boa visão de negócios como têm aqueles que só pensam no lucro financeiro. Entretanto, ultrapassa-os de longe quando devolve à sociedade, uma parcela do resultado do seu próprio trabalho em iniciativas que promovam a instauração do bem-estar social, num processo permanente e não episódico, como o são uma boa parcela das ações filantrópicas e de oportunidade comercial, muitas vezes realizadas com uma parte do muito que sobra e baseadas nos modismos sociais. É preciso, sim, abrir espaço para que pensamentos arejados pelo sentimento de cuidar do outro se façam presentes no mundo dos negócios e isso se traduza em ações concretas. Na equação das questões sociais não há espaço para o sinal de dividir e nem para o de subtrair, somente se somam e se multiplicam os resultados para o agente da mudança social, para o público adotante dos novos conhecimentos, atitudes e práticas e para a sociedade como um todo. Particularmente, nesses tempos em que são diariamente expostas as alarmantes condições sub-humanas a que estão submetidas grandes contingentes populacionais, trazendo-nos de outras paisagens, inclusive o retrato do que temos logo ali debaixo das nossas janelas. É preciso entender que a diferença entre filantropia, oportunidade mercadológica e responsabilidade social, só será importante se formos capazes de compreender que precisamos nos mover em busca efetiva do bem comum. E aí, meus amigos leitores, só conheço um que lhe dá a direção correta: Jesus Cristo (João 14:6)

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