quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Estudo Textual: Hebreus 8:1-13 Uma Aliança Melhor

O trabalho do sacerdote é fazer as oferendas e sacrifícios no santuário (Hebreus 8:3). Como nosso Sumo Sacerdote celestial, Jesus também serve num santuário, mas este é um santuário que não foi feito por mãos humanas, como o foi o tabernáculo. Jesus é, não somente superior aos profetas do Velho Testamento, aos anjos, a Moisés e a Aarão, mas é também um melhor sumo sacerdote, que ministra num santuário melhor. Ele é o mediador de uma aliança melhor estabelecido sobre melhores promessas (8:2, 6).
Alguns dos destinatários originais de Hebreus estavam pensando em retornar ao judaísmo. O autor de Hebreus quer que eles entendam como seria tolo deixar uma aliança melhor para retornar a uma imperfeita. Se o primeiro pacto tivesse sido infalível, não teria havido necessidade de outro (8:7). Até mesmo o santuário associado com a Lei de Moisés, o tabernáculo construído no Monte Sinai, era apenas uma cópia e uma sombra do santuário celestial.
O que estava errado com a aliança feita com Israel no Monte Sinai? Realmente, nada havia de errado com o pacto em si; ele cumpria as funções que Deus pretendia. Ele identificava o pecado, encorajava a santidade entre o povo escolhido de Deus e apontava aos homens em direção a Cristo e à graça de Deus. O escritor de Hebreus nota que a falha estava realmente no povo de Deus, e não na aliança (8:8-9). Um homem poderia ser declarado justo sob a Velha Lei se a guardasse perfeitamente, nunca violando um único preceito (Levítico 18:4-5). Mas o povo de Israel não guardava a lei de Deus e assim ela se tornou um instrumento de morte espiritual para ele (Romanos 7:10-13). Mas Deus deu ao homem a esperança, prometendo através do profeta Jeremias que ele faria um novo pacto com seu povo.
Um indivíduo se tornava parte do povo de Israel pelo nascimento físico e era circuncidado no oitavo dia como sinal da aliança. Mais tarde, quando o menino tinha idade bastante para entender, era-lhe ensinada a lei com a esperança de que ele decidisse obedecê-la. A lei de Moisés foi escrita em tábuas de pedra, mas muitos israelitas não escreveram a lei de Deus em seus corações.
O novo pacto, contudo, é diferente, como Jeremias profetizou. É ensinado às pessoas primeiro e elas se tornam parte da nação escolhida de Deus somente depois de aceitarem as condições para se tornarem parte dessa nação (Hebreus 8:11). Elas serão verdadeiramente o povo de Deus porque sua lei estará escrita em seus corações. Todos na casa espiritual de Israel (a igreja) conhecem o Senhor porque ninguém pode se tornar parte da nação eleita sem primeiro conhecer o Senhor!
Mas a nova aliança é diferente de outra maneira. O perdão estaria disponível através do sacrifício de Jesus Cristo (8:12). Não haveria mais necessidade de sacrifícios anuais no Dia da Expiação como a lei de Moisés exigia (veja Levítico 16). Jesus, o sacrifício perfeito, precisou oferecer a si mesmo somente uma vez. Por que haveríamos de querer voltar ao velho e imperfeito, quando Deus providenciou um pacto novo e melhor, com um melhor Sumo Sacerdote?

Nenhum comentário:

Postar um comentário