segunda-feira, 14 de setembro de 2015

AGUAS NO DESERTO

Quando saiu do Egito o povo hebreu só conhecia a escravidão como estilo de vida e não sabia ser livre. Saíram da escravidão, mas a escravidão não saiu deles e foi assim que Moisés assumiu a liderança dos filhos de Israel: uma nação sem referencias, sem leis, sem terra e, apesar da forma como foram libertados, sem conhecer o seu próprio Deus.

O que se seguiu foi um aprendizado de quarenta anos nas quentes areias do deserto. Era preciso organizar o povo e isso não se faz do dia para a noite. Se Deus tivesse levado a nação israelita direto para a terra prometida, todos morreriam, porque a terra que mana leite e mel estava habitada e seria preciso guerrear, conquistar a promessa de Deus.

Deus não nos dá nada “de mão beijada”, sem uma boa porção de esforço nosso para conquistar e isso se chama didática, que é a arte de transmitir conhecimento a alguém. Deus age conosco da mesma forma como agimos com nossos filhos, ou pelo menos deveríamos agir, e nos ensina a lutar. Se uma criança tem tudo o que deseja sem nenhum esforço pessoal, vai se tornar egoísta e despreparado para enfrentar a vida.

O problema de todo deserto é a água, sem a qual não se sobrevive por mais de três dias, ainda mais em temperaturas extremas como acontece no deserto. Bastou uma caminhada de três dias e o povo hebreu já estava cansado e sedento, acabou a água que levaram do Egito e não havia água em lugar algum. Foi quando o povo chegou a uma espécie de oásis, cujo nome era Mara.

Havia muita água em Mara, só tinha um probleminha: as águas eram amargas. Nem preciso dizer que os hebreus caíram “matando” para cima de Moisés e pela primeira vez fizeram aquele tipo de lamentação que acompanhou o povo anos afora e disseram a Moisés: Que havemos de beber? (Êxodo 15:24).

Pois é, a responsabilidade do povo pesava sobre Moisés e ele foi buscar em Deus a solução e o Senhor tomou providência e mostrou a ele uma árvore e mandou que ele lançasse a tal árvore sobre as águas, Foi batata! Na mesma hora as águas se tornaram doces e dessedentaram todo o povo e seus rebanhos.

De outra vez, no deserto de Zim o problema se repetiu: não havia água para beber e, outra vez, Deus providenciou água para o Seu povo. A ordem de Deus foi que Moisés tomasse sua vara, juntasse toda a congregação e falasse a rocha, porque dela fluiria água em abundância, dando toda a água que o povo precisava para beber e guardar para o caminho. Pronto! Problema resolvido, menos para Moisés que acabou surrando a rocha quando a ordem era apenas para FALAR, porque aquela não era uma pedra qualquer, porque a rocha era Jesus.

O que vemos nos dois episódios é o mesmo cenário, os mesmos personagens, o mesmo problema e duas soluções diferentes e em ambos os casos a providência do Senhor dando água em abundância no meio do deserto. Da mesma forma Ele faz comigo e com você: Ele nos dá água no meio do deserto.


Os desertos da vida são inevitáveis e servem para nos aproximar mais de Deus, para que os milagres de Dele se manifestarem em nossas vidas e para trazer nosso belos pezinhos de volta ao chão. Nenhum deserto é sem propósito, portanto não desista, a vitória está prestes a se materializar, só não perca o foco e a fé. Confie no Senhor, porque Ele é o único capaz de nos conduzir no deserto sem sede e com água em abundância.

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