sábado, 23 de abril de 2016

A criação declara a glória de Deus!

A criação declara a glória de Deus!
“Os céus declaram a glória de Deus; e a expansão está contando o trabalho das suas mãos.” — SALMO 19:1.
1, 2. (a) Por que os humanos não conseguem olhar diretamente para a glória de Deus? (b) Como é que os 24 anciãos dão glória a Deus?
“NÃO podes ver a minha face, porque homem algum pode ver-me e continuar vivo.” (Êxodo 33:20) Foi assim que Jeová advertiu Moisés.Visto que os humanos são feitos de carne e osso, não conseguem olhar diretamente para a glória de Deus. No entanto, numa visão, o apóstolo João teve uma vista espetacular de Jeová no seu glorioso trono. — Revelação (Apocalipse) 4:1-3.
Diferentemente dos humanos, as leais criaturas espirituais podem olhar para a face de Jeová. Entre elas há os “vinte e quatro anciãos” da visão celestial de João, que representam os 144.000. (Revelação 4:4; 14:1-3) Como reagem ao verem a glória de Deus? Segundo Revelação 4:11, eles declaram: “Digno és, Jeová, sim, nosso Deus, de receber a glória, e a honra, e o poder, porque criaste todas as coisas e porque elas existiram e foram criadas por tua vontade.”
Por que são “inescusáveis”
3, 4. (a) Por que ter fé em Deus não é anticientífico? (b) Em alguns casos, qual é o motivo de não se crer em Deus?
Sente-se induzido a glorificar a Deus? A grande maioria da humanidade não dá glória a Deus, e alguns até mesmo negam a Sua existência. Por exemplo, certo astrônomo escreveu: “Foi Deus quem interveio e, assim, providencialmente, esquematizou o cosmos para o nosso benefício? . . . É uma idéia empolgante. Infelizmente, acho que é uma ilusão. . . . Deus não é a explicação.”
A pesquisa científica é limitada — restrita ao que os humanos conseguem observar ou estudar. De outra forma é apenas teoria ou conjectura. Visto que “Deus é Espírito”, ele simplesmente não pode ser submetido a uma pesquisa científica direta. (João 4:24) Portanto, é arrogância rejeitar a fé em Deus, encarando-a como anticientífica. O cientista Vincent Wigglesworth, da Universidade de Cambridge, mencionou que o próprio método científico é “uma abordagem religiosa”. Em que sentido? “Baseia-se numa fé inquestionável de que os fenômenos naturais se conformam com as ‘leis da natureza’.” Portanto, quando alguém rejeita a crença em Deus, não está simplesmente trocando um tipo de fé por outro? Em alguns casos, a descrença parece ser uma recusa deliberada de encarar a verdade. O salmista escreveu: “O iníquo, segundo a sua arrogância, não faz nenhuma pesquisa; todas as suas idéias são: ‘Não há Deus.’” — Salmo 10:4.
5. Por que é inescusável a descrença na existência de Deus?
A crença em Deus, porém, não é fé cega, porque há provas indiscutíveis de que Ele existe. (Hebreus 11:1) O astrônomo Allan Sandage disse: “Acho bastante improvável que essa ordem [no Universo] tenha surgido do caos. Deve haver um princípio organizador. Deus é para mim um mistério, mas é a explicação do milagre da existência, de haver alguma coisa em vez de não haver nada.” O apóstolo Paulo disse aos cristãos em Roma que as “qualidades invisíveis [de Deus] são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade, de modo que eles [os que não crêem] são inescusáveis”. (Romanos 1:20) Desde “a criação do mundo” — especialmente desde a criação de seres humanos inteligentes, que podem perceber a existência de Deus — tem sido evidente que existe um Criador de imenso poder, um Deus digno de devoção. Assim, não há desculpas para os que deixam de reconhecer a glória de Deus. No entanto, que evidências fornece a criação?
O universo declara a glória de Deus
6, 7. (a) Como é que os céus declaram a glória de Deus? (b) Com que objetivo os céus enviam ‘cordéis de medir’?
Salmo 19:1 responde por dizer: “Os céus declaram a glória de Deus; e a expansão está contando o trabalho das suas mãos.” Davi percebeu que as estrelas e os planetas vistos através da “expansão”, ou atmosfera, forneciam prova irrefutável da existência de um Deus glorioso. Ele prosseguiu: “Um dia após outro dia faz borbulhar a fala, e uma noite após outra noite exibe conhecimento.” (Salmo 19:2) Dia após dia e noite após noite os céus demonstram a sabedoria e o poder criativo de Deus. É como se palavras de louvor a Deus ‘borbulhassem’ dos céus.
No entanto, requer discernimento ouvir esse testemunho. “Não há fala e não há palavras; nenhuma voz se ouve da sua parte.” No entanto, o testemunho silencioso dos céus é poderoso. “Seu cordel de medir saiu por toda a terra e suas expressões até a extremidade do solo produtivo.” (Salmo 19:3, 4) É como se os céus enviassem um “cordel de medir” para se certificar de que seu testemunho silencioso encha todo canto da Terra.
8, 9. Quais são alguns dos fatos notáveis a respeito do Sol?
A seguir, Davi descreve outra maravilha da criação de Jeová: “Neles [nos céus visíveis] colocou uma tenda para o sol, e este é como um noivo quando sai da câmara nupcial; exulta como um poderoso para correr numa vereda. Sai de uma extremidade dos céus e sua volta completa vai até as suas outras extremidades; e não há nada escondido do seu calor.” — Salmo 19:4-⁠6.
Comparado com outras estrelas, o Sol é apenas de tamanho médio. No entanto, é uma estrela notável, muito maior do que os planetas que o orbitam. Certa fonte diz que a massa do Sol é de “2 octilhões de toneladas” — o que representa 99,9 por cento da massa de nosso sistema solar! A força gravitacional exercida pelo Sol permite que a Terra orbite à sua volta a uma distância de 150 milhões de quilômetros, sem se afastar ou se aproximar. O nosso planeta é atingido apenas por meio bilionésimo da energia proveniente do Sol, mas é o bastante para sustentar a vida.
10. (a) Como é que o Sol entra e sai da sua “tenda”? (b) De que modo ele corre como “um poderoso”?
10 O salmista falou do Sol em linguagem figurativa, retratando-o como “um poderoso”, que corre de um horizonte ao outro durante o dia e descansa à noite numa “tenda”. Quando esse astro poderoso mergulha abaixo do horizonte, visto da Terra parece entrar numa “tenda”, como que para descansar. De manhã, parece surgir, radiante “como um noivo quando sai da câmara nupcial”. Davi, como pastor, sabia que as noites podiam ser extremamente frias. (Gênesis 31:40) Lembrava-se de como os raios do Sol aqueciam rapidamente a ele e a paisagem ao seu redor. É evidente que o Sol não ficava esgotado por causa da “jornada” do leste para o oeste, mas era como “um poderoso”, pronto para repetir a jornada.
As espantosas estrelas e galáxias
11, 12. (a) O que há de notável em a Bíblia relacionar estrelas com grãos de areia? (b) Qual pode ser a extensão do Universo?
11 Sem telescópio, Davi só podia ver alguns milhares de estrelas. No entanto, segundo um estudo recente, o número de estrelas no Universo visível por meio de telescópios modernos é de 70 sextilhões — 7 seguido por 22 zeros! Jeová indicou que números enormes estavam envolvidos quando relacionou a quantidade de estrelas com “os grãos de areia que há à beira do mar”. — Gênesis 22:17.
12 Durante anos, os astrônomos observaram o que foi descrito como “pequenas regiões luminosas com aparência nebulosa, indefinida”. Os cientistas presumiam que essas “nebulosas espirais” fossem parte da nossa galáxia, a Via Láctea. Em 1924, descobriu-se que a nebulosa mais próxima, Andrômeda, era na realidade uma galáxia — a uns dois milhões de anos-luz de distância! Os cientistas calculam agora que haja bilhões de galáxias, cada uma com milhares — em alguns casos bilhões — de estrelas. No entanto, Jeová “está contando o número das estrelas; a todas elas chama pelos seus nomes”. — Salmo 147:4.
13. (a) O que há de notável a respeito das constelações? (b) O que deixa claro que os cientistas não conhecem “os estatutos dos céus”?
13 Jeová perguntou a Jó: “Podes atar as cadeias da constelação de Quima, ou podes soltar as próprias cordas da constelação de Quesil?” (Jó 38:31) Uma constelação é um conjunto de estrelas que parecem formar um padrão distintivo. Embora as estrelas na realidade possam estar a enormes distâncias umas das outras, quando vistas da Terra suas posições relativas não mudam. Visto que a posição delas é tão precisa, são “guias úteis na navegação, para astronautas na orientação de naves espaciais e para a identificação de estrelas”. (The Encyclopedia Americana) No entanto, ninguém compreende plenamente “as cadeias” que mantêm as constelações unidas. Os cientistas ainda não conseguem responder à pergunta feita em Jó 38:33: “Chegaste a conhecer os estatutos dos céus?”
14. Em que sentido é a distribuição da luz um mistério?
14 Os cientistas não conseguem responder a outra pergunta feita a Jó: “Onde, então, está o caminho pelo qual se distribui a luz?” (Jó 38:24) Certo escritor chamou essa indagação a respeito da luz de “uma pergunta científica profundamente moderna”. Em contraste, alguns filósofos gregos achavam que a luz provinha do olho humano. Nos tempos mais modernos, cientistas passaram a achar que a luz consiste em minúsculas partículas. Outros têm achado que ela se move em ondas. Atualmente, cientistas acreditam que a luz se comporta como onda e como partícula. Mesmo assim, a natureza da luz e a forma como ela “se distribui” estão longe de ser plenamente entendidas.
15. Assim como Davi, como devemos sentir-nos quando contemplamos os céus?
15 Ao refletir sobre tudo isso, não podemos deixar de nos sentir como o salmista Davi, que disse: “Quando vejo os teus céus, trabalhos dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste, que é o homem mortal para que te lembres dele, e o filho do homem terreno para que tomes conta dele?” — Salmo 8:3, 4.
A Terra e suas criaturas glorificam a Jeová
16, 17. Como é que criaturas nas “águas de profundeza” louvam a Jeová?
16 Salmo 148 alista outros modos em que a criação declara a glória de Deus. O Sal 148 versículo 7 reza: “Louvai a Jeová desde a terra, vós, monstros marinhos e todas as águas de profundeza.” De fato, as “águas de profundeza” estão cheias de maravilhas que destacam a sabedoria e o poder de Deus. A baleia-azul pesa em média 120 toneladas — tanto quanto 30 elefantes! Só o seu coração pesa mais de 450 quilos e consegue bombear uns 6.400 quilos de sangue através do seu corpo! Será que esses enormes monstros marinhos são vagarosos e desajeitados na água? De forma alguma. “Percorrem os oceanos velozmente”, diz um relatório da Campanha Européia Contra a Pesca Acidental de Cetáceos. Um rastreamento por satélite revelou que “certo animal migrou mais de 16.000 quilômetros em 10 meses”.
17 O golfinho-assoprador normalmente mergulha a uma profundidade de 45 metros, mas há registro de golfinhos mergulhando a 547 metros! Como esse mamífero sobrevive a tal mergulho? Seu batimento cardíaco diminui durante o mergulho e o sangue é desviado para o coração, os pulmões e o cérebro. Também, os seus músculos contêm uma substância química que armazena oxigênio. Os elefantes-marinhos e os cachalotes conseguem mergulhar ainda mais fundo. “Em vez de lutar contra a pressão”, diz a revista Discover, “deixam que ela comprima totalmente seus pulmões”. Armazenam a maior parte do oxigênio de que precisam nos seus músculos. É evidente que essas criaturas são um testemunho vivo da sabedoria de um Deus todo-poderoso.
18. Como a água do mar manifesta a sabedoria de Jeová?
18 Até mesmo a água do mar manifesta a sabedoria de Jeová. A revista Scientific American Brasil diz: “Cada gota de água nos cem metros que formam a camada superior do oceano contém milhares de seres microscópicos que flutuam livremente e são conhecidos como fitoplâncton.” Essa “floresta invisível” purifica nosso ar por extrair bilhões de toneladas de dióxido de carbono. O fitoplâncton é fonte de mais da metade do oxigênio que respiramos.
19. Como é que o fogo e a neve cumprem a vontade de Jeová?
19 Salmo 148:8 diz: “Vós, fogo e saraiva, neve e densa fumaça, vento tempestuoso, cumprindo a sua palavra.” De fato, Jeová usa também as forças inanimadas da natureza para cumprir a sua vontade. Considere o fogo. Em décadas passadas, os incêndios florestais eram vistos apenas como destrutivos. Agora, os pesquisadores acreditam que o fogo desempenha um importante papel ecológico, eliminando árvores velhas e doentes, contribuindo para a germinação de muitas sementes, reciclando nutrientes e, na realidade, diminuindo o risco de grandes incêndios descontrolados. A neve também é vital: rega e fertiliza o solo, abastece os rios, bem como isola plantas e animais de temperaturas congelantes.
20. Como a humanidade é beneficiada por montanhas e árvores?
20 “Vós, montes e todos os morros, árvores frutíferas e todos os cedros”, diz o Salmo 148:9. Montanhas majestosas dão testemunho do grande poder de Jeová. (Salmo 65:6) Mas elas também servem a um objetivo prático. Um relatório do Instituto de Geografia em Berna, na Suíça, diz: “Todos os principais rios no mundo nascem em montanhas. Mais da metade da humanidade depende da água doce que se acumula nas montanhas . . . Esses ‘reservatórios de água’ são vitais para o bem-estar da humanidade.” Até mesmo a árvore comum dá glória ao seu Criador. Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente diz que as árvores “são importantes para o bem-estar das pessoas em todos os países . . . Muitas espécies de árvores são de grande importância econômica como fonte de produtos tais como madeira, frutas, nozes, resinas e látex. Em todo o mundo, 2 bilhões de pessoas dependem de lenha para cozinhar e como combustível”.

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