domingo, 17 de abril de 2016

A glória de Deus, o supremo propósito da vida

A glória de Deus, o supremo propósito da vida Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus (1Co 10.31). O fim principal de Deus é a promoção da Sua própria glória, e o nosso fim principal é glorificar a Deus e desfrutar dEle para sempre. John Piper, eminente escritor evangélico americano, afirma que a felicidade de Deus em Si mesmo é a base da nossa felicidade nEle. Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos deleitamos nEle. Deus é imperturbavelmente feliz. Sua felicidade é o prazer que tem em Si mesmo. Antes da criação, Ele regozijava-se na imagem da Sua glória na pessoa do Seu Filho ( Jo 17.5,24). Depois, a alegria de Deus “veio a público” na obra da criação e da redenção. Essas obras alegram o coração de Deus porque refletem Sua glória (Ef 1.6,12,14) . Deus, e não os nossos interesses, deve ser o centro da nossa vida. Vivemos para Ele, e não para nós mesmos. Vivemos e morremos para Ele. Somos dEle: criados, sustentados, remidos, abençoados e galardoados por Ele. Qualquer outro propósito na vida que não seja a glória de Deus está fora de foco. Comemos e bebemos para a glória de Deus (1Co 10.31). Trabalhamos e descansamos para a glória de Deus. Compramos e vendemos para a glória de Deus. Casamos e permanecemos solteiros para a glória de Deus. Criamos filhos e os educamos para a glória de Deus. Ele se deleita em nós como o noivo se alegra em sua noiva (Is 62.5). Somos Seus filhos e herdeiros; somos a herança de Deus, a menina-dosolhos do Senhor, a Sua delícia. Como podemos glorificar a Deus?Fazendo as coisas comuns da vida como um tributo de glória para Deus (1Co 10.31) – Todas as coisas têm significado quando as fazemos por meio de Deus e para a glória de Deus. Comer, beber ou fazer qualquer outra coisa torna-se uma liturgia de glorificação a Deus. Não existe mais a dicotomia entre o sagrado e o profano. Tudo em nossa vida passa a ser sagrado e cúltico, pois fomos criados em Cristo Jesus para as boas obras. Somos a obra-prima de Deus, a poesia de Deus, a delícia de Deus, em quem Ele tem todo o prazer. Quando praticamos as boas obras para as quais fomos preparados, o nome de Deus é glorificado. Lutero dizia que devemos trafegar do campo para o santuário com a mesma devoção. A Reforma Protestante resgatou esse conceito bíblico de que tudo o que fazemos, fazemo-lo em nome de Cristo (Cl 3.17) e para a glória de Deus (1Co 10.31). O agricultor no campo semeia, rega e colhe para a glória de Deus. O professor ensina para a glória de Deus. O médico cuida de seus pacientes para a glória de Deus. O comerciante vende seus produtos e atende seus clientes para a glória de Deus. Não há divórcio entre o culto que se presta a Deus no trabalho e o culto que se presta a Deus no santuário. Toda a vida do crente é cúltica e litúrgica. Toda ela é vazada no conceito do sagrado. 2. Oferecendo o nosso corpo como instrumento de glorificação a Deus (1Co 6.20) – Ao sermos libertos da escravidão do pecado, os membros do nosso corpo deixam de ser instrumentos de iniqüidade, para serem instrumentos de justiça (Rm 6.13). O nosso corpo, em vez de ser um albergue do pecado, torna-se santuário do Espírito, a habitação do Deus vivo. O nosso corpo não foi criado para a impureza, mas para a santidade. Fomos criados para a glória de Deus (Is 43.7), e devemos refletir a Sua glória no mundo. É instrutivo o coro de T. M. Jones: Que a beleza de Cristo se veja em mim, Toda a Sua admirável pureza e amor. Oh, tu, chama divina, todo o meu ser refina Até que a beleza de Cristo se veja em mim. Certamente esse conceito não sugere que devemos privar nosso corpo dos prazeres e deleites da vida. Todas as coisas boas e deliciosas que Deus criou, Ele as criou para Seus filhos.Na Idade Média, muitos se enganaram a esse respeito, fugindo para os mosteiros, privando-se dos prazeres naturais da vida. Muitos chegaram ao extremo de castigar o corpo com escassez de pão e açoites, pensando com isso estar agradando a Deus. Ledo engano. A Bíblia diz que Deus tudo nos proporciona ricamente para o nosso aprazimento (1Tm 6.17). O Seu propósito é que comamos o melhor da terra (Is 1.19). Muitos, porém, insurgem-se contra esse bendito projeto de Deus e destroem o próprio corpo, vivendo uma vida dissoluta. 3. Vivendo para abençoar outras pessoas a fim de que suas ações de graças redundem em glória ao nome de Deus (2Co 4.15) – Deus é glorificado em nós quando expressamos a compaixão de Cristo pelas pessoas. Deus ama, socorre, consola e anima as pessoas por meio de nós. Somos o corpo de Cristo em ação na terra. Ray Stedman diz que a igreja é o prolongamento da encarnação de Cristo, pois somos o Seu corpo em ação no mundo. Quando as pessoas tributam a Deus ações de graças pelo bem que lhes fazemos, isso traz glória ao nome de Deus. O Senhor Jesus Cristo, no Sermão do Monte, afirma: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16). Fanny Crosby, cega desde as seis semanas de idade, produzia glória para Deus onde quer que fosse. Mesmo cega, ela conhecia a sua Bíblia melhor do que a maioria das pessoas. Ainda jovem, já sabia praticamente de cor o Pentateuco e quase todo o Novo Testamento. Mesmo cega, ela aprendeu a valorizar as belezas da criação de Deus e a expressar isso em suas poesias. Decorou os 8 mil hinos que escreveu para a glória de Deus. Falou inúmeras vezes para grandes auditórios, tal a bênção que sua presença transmitia. Aos 94 anos, em 11 de fevereiro de 1915, ela parecia estar bem de saúde, ditou uma carta e escreveu um novo poema, indo depois para a cama. Antes de amanhecer, tinha ido para o céu. Qual o cristão que não deu glória a Deus ao cantar as canções escritas por Fanny Crosby? Quantos milhares de pessoas não entregaram a sua vida a Cristo ao ouvirem os hinos “Manso e suave, Jesus está chamando”, “Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti”. Certamente, milhares de pessoas em todo o mundo foram enriquecidas espiritualmente

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