segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

QUAL É O TAMANHO DE SEU DEUS??

Há um só Deus vivo e verdadeiro. Os deuses dos povos são ídolos vãos, criados pela imaginação humana ou forjados pelo engano do diabo. Quem é o seu Deus? Qual é o tamanho do seu Deus? O profeta Isaías descreve a majestade de Deus e diz que Ele não pode ser comparado aos ídolos dos povos (Is 40.18-24). Deus é incomparável pela obra da criação (Is 40.25,26). Ele é incomparável pela Sua intervenção na vida do Seu povo (Is 40.27-31). Davi, no salmo 139, fala sobre três atributos exclusivos de Deus, que nos revelam Sua majestade. Como conhecer a Deus e nos deleitarmos nEle Capítulo 1 Qual é o tamanho do seu Deus? A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? – diz o Santo (Is 40.25). 12 Mensagens Selecionadas 1. Deus é onipotente (Sl 139.13-18) – Deus criou não apenas o Universo vastíssimo e insondável, mas também nos fez de forma assombrosamente maravilhosa. Deus trouxe à luz o que não existia. Do nada, Ele fez todas as coisas. Ele é a causa de todas as coisas. Ele existe antes de todas as coisas, e tudo veio a existir por Sua vontade e decreto. Deus nos moldou no ventre da nossa mãe. Ele fez cada célula do nosso corpo. Ele colocou em nós todos os códigos genéticos. Segundo o dr. Marshall Nirenberg, Prêmio Nobel de Biologia, temos em nosso corpo 60 trilhões de células vivas. Em cada célula, há 1,70 m de fita DNA, onde estão gravados e computadorizados todos os nossos dados genéticos. Se esticarmos a fita DNA do nosso corpo, teremos 102 trilhões de metros de fita, ou seja, 102 bilhões de quilômetros. Segundo os cientistas, nós poderíamos empacotar na cabeça de um alfinete todos os dados gené- ticos dos mais de 6 bilhões de habitantes do Planeta. Códigos de vida não se originam do acaso nem de uma explosão cósmica. A evolução não passa de uma teoria improvável, impossível e incongruente. Permanece imperturbável o fato absoluto de que Deus é o criador de todas as coisas. Ele é, portanto, onipotente! 2. Deus é onisciente (Sl 139.1-6) – Deus criou e conhece todas as coisas. Nada Lhe é oculto. Ele conhece cada estrela do Universo e chama cada uma pelo nome (Is 40.26); Ele conhece cada célula do nosso corpo, cada fio de cabelo da nossa cabeça. Ele nos sonda e nos conhece. Ele penetra os nossos pensamentos e esquadrinha o nosso andar e o nosso deitar. Ele conhece todos os nossos caminhos. Ele conhece nossas palavras mesmo antes que elas cheguem à nossa língua. Deus nos cerca por trás e por diante. Ele sabe tudo, vê tudo, e a todos sonda exaustivamente. Nada escapa ao Seu conhecimento. Ninguém pode burlar Deus nem apanhá- Lo de surpresa. Ele conhece o passado, o presente e o futuro. Para Ele, mil anos são como um dia, e um dia, como mil anos (Sl 90.4). Para Deus, a luz e as trevas são a mesma coisa (Sl 139.12). Deus é inescapável. Não há um centímetro deste vasto Universo em que Ele não esteja presente. Não há nada no Universo que escape ao conhecimento absoluto de Deus. 3. Deus é onipresente (Sl 139.7-12) – Ninguém pode se esconder de Deus. Ele está presente em todo lugar ao mesmo tempo. Ele é Como conhecer a Deus e nos deleitarmos nEle 13 ubíquo, onipresente. Não podemos nos ausentar do Espírito de Deus. Se subirmos aos céus, lá Ele estará. Se descermos ao mais profundo abismo, também lá Ele estará. Se tomarmos as asas da alvorada e viajarmos para além dos mares, ainda lá nos haverá de guiar a Sua mão. Se tentarmos nos esconder sob o manto das trevas, mesmo assim não conseguiremos, pois para Deus a luz e as trevas são a mesma coisa. Deus está em toda parte. Não há nenhum canto do céu ou da terra onde o homem possa manter-se fora do olhar perscrutador de Deus. Ele é como a sombra à nossa direita (Sl 121.5). Ele não dorme nem precisa descansar. Seus olhos sempre estão atentos, e toda a criação depende dEle, pois Ele vela por todos, em toda parte. Porque Deus é onipotente, onisciente e onipresente, Davi compreende que não pode abrigar pecado em seu coração (Sl 139.19-24). Então, clama ao Senhor: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, provame e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.23,24).  Deus é a nossa completa provisão O Senhor é o meu pastor; nada me faltará (Sl 23.1). O salmo 23 é o texto mais conhecido da Bíblia. Milhões de pessoas conhecem-no de cor. Sua mensagem tem sido bálsamo para os feridos, consolo para os tristes, refúgio para os desesperados. Em muitos funerais, esse texto tem sido lido como refrigério do céu para aliviar a dor dos aflitos. Vemos nesse texto a sublime verdade de que Deus é a nossa completa provisão. Nossa maior necessidade não é das bênçãos de Deus, mas do próprio Deus das bênçãos. O doador é mais importante do que a dádiva. Só Deus nos satisfaz. A Bíblia nos apresenta vários nomes de Deus. Cada um revela-nos um aspecto do Seu ser e abre-nos uma janela para conhecermos um 14 Mensagens Selecionadas pouco mais Deste que nem todas as palavras de todos os idiomas do mundo inteiro seriam suficientes para defini-Lo exaustivamente. Ao analisarmos o salmo 23, podemos perceber em seu conteúdo sete nomes de Deus, os quais vamos aqui considerar. 1. Jeová Roí – Esse termo significa “O Senhor é o meu pastor”. Davi foi quem pela primeira vez deu esse título a Deus. Davi era um pastor de ovelhas e sabia bem o que era proteger o seu rebanho das feras e guiá-lo pelas trilhas estreitas no meio dos penhascos e montanhas íngremes de Belém, até levá-lo às águas tranqüilas e às pastagens verdes. Davi olha para Deus e vê nEle o pastor que cuida das ovelhas. O pastor é aquele que alimenta, protege, guia, disciplina e restaura suas ovelhas. Deus é quem nos conduz pelas veredas da justiça e nos faz descansar nos pastos verdejantes da Sua bondosa providência. Ele está conosco quando cruzamos os vales escuros da tribulação e nos prepara uma mesa farta no deserto. Ele é o pastor que nos acolhe nos braços, nos dá segurança e nos leva salvos para o Seu aprisco celestial. 2. Jeová Jireh – Esse termo significa “O Senhor proverá”. A primeira vez que esse nome aparece na Bíblia está ligado à experiência de Abraão, quando Deus lhe ordenou a oferecer seu filho Isaque em holocausto (Gn 22.1-19). Abraão obedeceu prontamente. Depois de caminhar três dias rumo ao lugar do sacrifício, Isaque perguntou a seu pai: “Meu pai! [...] eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto...” (Gn 22.7,8). Abraão deu esse novo nome a Deus, ensinando-nos que Deus provê sempre que estivermos na estrada da obediência, no centro da Sua vontade. Semelhantemente, Davi diz: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” (Sl 23.1). O nosso pastor é também o nosso provedor. Ele é a fonte de todo bem. DEle procede toda boa dádiva. Quando os nossos recursos acabam, Ele continua com Seus celeiros abarrotados. Ele nos abençoa com toda sorte de bênçãos. Temos não apenas Suas dádivas, mas também, Sua presença. Esta é, de todas, a melhor provisão. Nossa confiança precisa estar no provedor, mais do que na provisão; no Deus das bênçãos, mais do que nas bênçãos de Deus. 3. Jeová Shalom – Davi diz que o Senhor nos faz repousar em pastos verdejantes e nos leva para junto das águas de descanso (Sl 23.2). Como conhecer a Deus e nos deleitarmos nEle 15 Isso nos fala de paz, e Deus é a nossa paz. Foi Gideão quem pela primeira vez atribuiu esse nome a Deus. Os midianitas estavam oprimindo o povo de Israel, saqueando-lhe os bens e espoliando suas propriedades. Então, o Senhor levantou Gideão para libertar os oprimidos. Humildemente, esse varão valoroso pediu a Deus um sinal. O Senhor atendeu ao seu rogo e manifestou-se a ele. Então, Gideão entendeu que Deus aparecera a ele não para destruí-lo, mas para erguê-lo como libertador do Seu povo. Foi nesse contexto que Gideão deu o nome Jeová Shalom a Deus. Assim diz o texto: “Então, Gideão edificou ali um altar ao Senhor e lhe chamou de O Senhor é paz...” ( Jz 6.24). Deus não apenas nos dá paz, mas Ele é a nossa paz (Fp 4.9). A nossa paz não é ausência de problemas. Ela não é circunstancial. Nossa paz é uma pessoa divina. O próprio Deus é a nossa paz. Ele é o Jeová Shalom, que está conosco nas horas turbulentas da nossa vida, como nossa fortaleza e refúgio. 4. Jeová Rafá – Davi diz que Deus refrigera a nossa alma (Sl 23.3). Ele é quem sara todas as nossas enfermidades e perdoa todas as nossas iniqüidades (Sl 103.3). A primeira vez que esse nome de Deus apareceu na Bíblia foi no contexto da saída do Egito. O povo tinha acabado de atravessar o mar Vermelho. Eles estavam consumidos por uma sede severa. Ao verem uma fonte de água, correram a toda pressa para beber, mas a água era amarga. Então, Deus disse a Moisés que lançasse uma árvore sobre a água amarga. Ao fazê-lo, a água ficou doce, e o povo pôde dessedentar-se. Então, Deus disse a Moisés: “... se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o Senhor, que te sara” (Êx 15.26). Deus é o único que tem direito de dar a vida e tirá-la. Ele tem poder também para curar, e, em última instância, toda cura procede dEle, quer pelos meios, quer sem os meios, quer apesar dos meios. Ele é quem cura a nossa alma, o nosso corpo e refrigera o nosso coração. Ele é quem sara todas as nossas enfermidades, quer do corpo quer da alma. É Ele quem leva as nossas dores sobre Si e abre para nós uma fonte de consolo e refrigério. NEle temos vida, cura, perdão e salvação. 5. Jeová Tsidkenu –Davi nos informa que Deus nos guia pelas veredas da justiça (Sl 23.3). Mas, antes disso, Ele é a nossa justiça. Só andamos 16 Mensagens Selecionadas pelas veredas da justiça porque fomos justificados. A justificação é um ato legal e forense. Fomos declarados justos por causa da obra de Cristo em nosso lugar e em nosso favor. Pelo sacrifício substitutivo de Cristo e pelo Seu sangue derramado, nossos pecados foram cancelados, nossa dívida foi paga e todas as demandas da lei foram plenamente satisfeitas. Agora, estamos quites com a justiça divina, e nenhuma condenação pesa mais sobre nós (Rm 8.1). Cristo, o nosso pastor, é também a Nossa Justiça. A primeira vez que esse nome de Deus aparece na Bíblia é no livro de Jeremias, que diz: “Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: Senhor, Justiça Nossa” ( Jr 23.6). 6. Jeová Shammah – Davi nos fala sobre a presença de Deus conosco, mesmo quando cruzamos o vale da sombra da morte (Sl 23.4). Ele é Deus presente, é Jeová Shammah. Ele nunca nos desampara. Mesmo que sejamos infiéis, permanece fiel. Ele é como a sombra à nossa direita. É quem nos carrega no colo, nos segura pela mão direita e, ao fim, nos recebe na glória. Jesus prometeu estar conosco sempre, até a consumação dos séculos. Não precisamos temer nada nem ninguém, porque o Deus onipotente é a nossa companhia constante. A primeira vez que esse nome de Deus aparece na Bíblia é no livro de Ezequiel (Ez 48.35). Mesmo quando o povo de Deus passa pelo vale do desterro, o Senhor está com ele. 7. Jeová Nissi – Davi nos informa que Deus nos dá vitória sobre os nossos inimigos (Sl 23.5). Ele prepara uma mesa para nós na presença dos nossos adversários. Ele nos honra, derramando óleo sobre a nossa cabeça, e nos proporciona profusa alegria, fazendo o nosso cálice transbordar. Deus é a nossa bandeira e a nossa vitória. A primeira vez que esse nome de Deus aparece na Bíblia é em Êxodo 17.15. Enquanto os braços dos intercessores estiveram erguidos em oração, houve vitória do povo de Deus na batalha, pois o Senhor é a nossa bandeira. Davi conclui o salmo 23 de uma forma magistral (Sl 23.6). Aqui o pastor está conosco para nos proteger, nos conduzir, nos alimentar e nos dar descanso; mas, quando a nossa jornada terminar, estaremos com Ele para sempre na Casa do Pai. Agora, temos dois amigos inseparáveis que nos ladeiam, bondade e misericórdia, mas, ao fim, iremos para a Como conhecer a Deus e nos deleitarmos nEle 17 Casa, para a nossa verdadeira Pátria, onde veremos nosso Redentor face a face.A glória de Deus, o supremo propósito da vida Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus (1Co 10.31). O fim principal de Deus é a promoção da Sua própria glória, e o nosso fim principal é glorificar a Deus e desfrutar dEle para sempre. John Piper, eminente escritor evangélico americano, afirma que a felicidade de Deus em Si mesmo é a base da nossa felicidade nEle. Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos deleitamos nEle. Deus é imperturbavelmente feliz. Sua felicidade é o prazer que tem em Si mesmo. Antes da criação, Ele regozijava-se na imagem da Sua glória na pessoa do Seu Filho ( Jo 17.5,24). Depois, a alegria de Deus “veio a público” na obra da criação e da redenção. Essas obras alegram o coração de Deus porque refletem Sua glória (Ef 1.6,12,14) . Deus, e não os nossos interesses, deve ser o centro da nossa vida. Vivemos para Ele, e não para nós mesmos. Vivemos e morremos para Ele. Somos dEle: criados, sustentados, remidos, abençoados e galardoados por Ele. Qualquer outro propósito na vida que não seja a glória de Deus está fora de foco. Comemos e bebemos para a glória de Deus (1Co 10.31). Trabalhamos e descansamos para a glória de Deus. Compramos e vendemos para a glória de Deus. Casamos e permanecemos solteiros para a glória de Deus. Criamos filhos e os educamos para a glória de Deus. Ele se deleita em nós como o noivo se alegra em sua noiva (Is 62.5). Somos Seus filhos e herdeiros; somos a herança de Deus, a menina-dosolhos do Senhor, a Sua delícia. Como podemos glorificar a Deus?

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