segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Se a Água com Cinzas da Novilha Purificava Quanto Mais o Sangue de Jesus

O capítulo 19 de Números descreve particularmente a forma de preparação das cinzas de uma novilha vermelha, que seria queimada para que com suas cinzas fosse preparada a chamada água da purificação.
Nós vemos no final do capítulo 17 que os israelitas haviam reclamado do rigor da lei, que proibia a aproximação deles do tabernáculo, e assim, também em resposta àquela reclamação o Senhor lhes propiciou a purificação que seria feita com esta água especialmente preparada, para que eles pudessem vencer seus temores.
Esta purificação com a água com as cinzas de uma novilha vermelha é citada em Hb 9.13,14, como sendo uma purificação cerimonial, figura da limpeza das consciências dos cristãos das poluições do pecado, que é efetuada pelo sangue de Cristo :
“Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os contaminados, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo?”.
É a firme convicção e fé de que fomos lavados de fato pelo sangue de Jesus de todos os nossos pecados, o único fator que pode nos dar uma consciência boa, limpa, sem culpa, por sabermos que estamos justificados diante de Deus, e que o sangue de Jesus não somente apagou os nossos pecados, como também apagou a nossa culpa em relação a eles.
Desta forma, importa que, pela fé, eduquemos adequadamente a nossa consciência, de modo que se torne numa boa consciência, como é do desejo de Deus, que não nos acuse mais, porque fomos efetivamente perdoados.
Agrada ao Senhor que tenhamos esta firme posição de fé na obra que Ele efetuou em nosso favor.
Temos aqui nos referido àquela mesma confiança de fé que é citada pelo autor de Hebreus, quando diz o seguinte:
“De modo que com plena confiança digamos: O Senhor é quem me ajuda, não temerei; que me fará o homem?” (Hb 13.6)
Se nos deixamos acusar facilmente em razão dos nossos pecados, e ficarmos enfermos, por causa da nossa consciência, já tendo sido lavados pelo sangue de Cristo, então temos uma má consciência que age contra nós, e que não foi devidamente educada pela fé, de modo a se firmar não na nossa própria justiça, mas na de Jesus, que nos foi imputada, quando nEle cremos.
Por isso, quando o cristão peca; ele não é convidado pela Palavra a ficar se acusando e gemendo num canto, senão a confessar o seu pecado e a confiar inteiramente no Advogado que intercede por Ele junto do Pai.
Ele deve se purificar no sangue de Cristo, honrando o sacrifício e o sumo sacerdócio de Jesus, crendo que o Seu sangue e intercessão são os únicos fatores que nos permitem nos aproximarmos de Deus.
É esta confiança que nos faz ficar de pé, sabendo que somos lavados pelo sangue que agrada a Deus, e não ficarmos nos acusando e culpando sem aceitar que possamos de fato ser perdoados, porque esta última atitude não honra a Deus e não o faz verdadeiro quando diz que é unicamente pelo sangue de Seu filho que os nossos pecados são perdoados.
Se o pecador, que fosse purificado pela aspersão da água que continha as cinzas da novilha vermelha, que havia sido sacrificada e queimada para que ele pudesse ser purificado, podia se aproximar do tabernáculo sem o temor de ser morto, quanto mais a aspersão do sangue de Cristo que purificou de seus pecados aqueles que foram justificados de seus pecados pela fé nele, podem e devem ter uma consciência purificada de todo o pecado e que descanse e se regozije na comunhão com Deus, baseando-se não na própria justiça, mas na de Jesus.
É importante que nossas consciências sejam purificadas nesta fé, porque é somente por meio disto que podemos experimentar paz com Deus, e em nós mesmos.
A novilha vermelha deveria ser imolada e queimada por Eleazar, fora do arraial, e assim era um tipo perfeito de Cristo, que também foi crucificado fora das portas de Jerusalém, para nos purificar de nossos pecados.
“Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta.” (Hb 13.12)
A água da purificação deveria ser aspergida especialmente naqueles que estivessem separados ou afastados do santuário (tabernáculo), em razão da impureza deles, por terem tocado em qualquer coisa imunda, conforme definida na lei, especialmente o contato com mortos.Tinha, portanto, o propósito de gerar confiança de que poderiam se aproximar do tabernáculo, sem serem mortos, por terem sido purificados por aquela água especialmente preparada, para tal finalidade.
Está bastante claro por esta figura da lei que ninguém poderá entrar no santuário celestial se não tiver sido purificado pelo sangue de Jesus.
“Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a promessa;” (Hb 10.19-23).

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